terça-feira, 4 de setembro de 2012

Carta aos Alunos, Ex-Alunos, Equipe Docente e Discente da USJ.


Carta aos Alunos, Ex-Alunos, Equipe Docente e Discente da USJ.

Nestas eleições surgem os “defensores da USJ” o que querem? VOTO! Como saberemos os que realmente defendem nossa universidade ou os que querem se APROVEITAR dela?
Chamamos de grande política, projetos coletivos para a construção da sociedade. Os políticos 

mais conhecidos e respeitados do mundo agem desta forma. Até no Brasil: Pedro Simon, considerado um dos melhores homens públicos de todos os tempos fundou e até hoje é PMDB ele é um Social Democrata, vota conforme sua ideologia permite e mesmo sendo da base aliada, vota constantemente contra o governo Dilma. Tivemos Brizola, um socialista e tantos outros.
Existem muitas siglas e ideologias, mas resumindo, três forças políticas: Liberalismo (Estado mínimo, capitalismo livre), a Social Democracia (Capitalismo com intervenção do Estado) e Socialismo (Universalização dos meios de produção, controle total da população e Igualdade).
Existem no mundo ditaduras nas três formas: Liberal, Social Democrata e Socialista e em nenhuma é positiva.
No mundo inteiro não é comum um homem público mudar sua ideologia, todos conhecem o projeto que defendem, votam na sigla, no projeto. Usam até o termo: O liberal fulano de tal, o Democrata, tal, o Socialista tal...
No Brasil não. A maioria dos partidos políticos tornou-se de aluguel, ou seja: Não estão preocupados com a Grande política, mas com a politicagem, a briga mesquinha pelo poder com projetos individualizados que colocam a população a margem, e brigam por fatias da administração pública.
Como saberemos que nossos políticos estão ou não comprometidos com os projetos para construção de sociedade, com a boa política? Não será necessariamente pela troca de sigla, mas pela troca constante de projeto político e pelas coligações.

Vamos analisar nossos candidatos a Prefeito:
Djalma Berger, atual prefeito: Deputado Estadual pelo PFL(Liberal), Deputado Federal pelo PSDB (Social Democracia), Prefeito pelo PSB (Socialista) e agora PMDB (Social Democracia). Ou seja: não existe lógica, usa as siglas como aluguel e não está nem ai para a construção coletiva.
Adeliana segue o mesmo caminho: Vereadora pelo PFL (Liberal) Candidata a Prefeita pelo PMDB (Social Democracia) e Agora PSD (Social Democracia).
Fernando Elias: Vereador em 92 pelo PDT (Socialista), em 96 pelo PMDB (Social Democracia), em 2000 pelo PFL (Liberal), Prefeito em 2004 e 2008 pelo PSDB (Social Democracia), a deputado estadual pelo PR (Liberal) e agora, novamente a Prefeito pelo PTB (Socialista). Dispensa comentários...
Rafael Melo: O PSOL (Socialista) é a única filiação partidária dele.

Análise das Coligações:
Djalma Berger, (PRB / PDT / PT / PMDB / PR / PSDC / PHS / PMN / PTC / PV / PRP / PPL / PC do B / PT do B. ) Possui todos os projetos, alguns controversos, ou seja: Nenhuma construção coletiva, apenas acordos pessoais, ou pequenos grupos de interesses.
Adeliana, (PP / PSC / PPS / DEM / PSB / PSDB / PSD). Possui todos os projetos, alguns controversos, ou seja: Nenhuma construção coletiva, apenas acordos pessoais, ou pequenos grupos de interesses.

Fernando Elias: (PTB / PRTB) Dois partido com ideologias controversas, ídem aos anteriores.
Rafael Melo: (PSOL/ PSTU) Dois partidos socialistas, a única coligação ideológica e coerente.

Quanto ao ensino Superior o que defendem estes projetos:
Liberal: Universidades privadas, no máximo bolsas para alguns alunos. Proporção de 1 Aluno do Ensino Superior, para 5 do ensino Técnico. Produzir bons “empregados”
Social Democracia: Criar Universidades Públicas para atender a população local e com o tempo entrega-las a iniciativa privada.
Socialismo: Universalização do Ensino Superior, Universidades públicas, gratuitas e de qualidade.

Recordar é viver... Eleições 2008
Em 2008 a USJ vivia seu quarto ano de vida, Criada por Fernando Elias e Administrada por Telmo Vieira como Reitor por indicação política.
Aliado de Fernando Elias desde a criação da USJ, Telmo (que já foi de diversos partidos) nas vésperas das eleições, abandona seu aliado, para ser “promovido” politicamente como Vice Prefeito. Ao optar por este cargo, abdicou de continuar com a USJ e fazer uma carreira política promissora, e induziu a comunidade acadêmica a votar em Djalma.
Djalma é muitas coisas, mas não burro em relação às coligações políticas. Tanto que ganhou todas as eleições que disputou sob a sombra de seu irmão Dário. Sabendo da ambição política de seu vice, e sabendo também de sua infidelidade partidária e política de Telmo (basta ver o que aconteceu com Elias que poderia acontecer também ao Berger). Na metade do mandato, resolveu dar um “gelo” em seu vice, cortar a penca de cargos comissionados que ele tinha, não apoia-lo numa possível eleição para Deputado em 2010 e aniquila-lo politicamente.
Apesar de propagar publicamente que rompeu com Djalma para salvar a USJ, foi o contrário: Para salvar sua carreira política, Telmo volta a Defender a USJ e iludir novamente a comunidade acadêmica como em 2008.
Se não aprendermos com o passado, corremos o risco de repetir os mesmos erros...

Conclusão:
Nosso voto, como classe pensante e esclarecida, não pode se tornar massa de manobra nas mãos da politicagem e falsas promessas. O PSD de Adeliana e Raimundo Colombo estão sendo altamente prejudiciais a UDESC e prejudicando o Ensino Superior como um todo. Quinta-feira 23/08 os alunos da Estadual, paralizaram as atividades, pois nem água ou papel higiênico tem. Djalma não é opção e Fernando Elias criou a Universiade mais com cunho político e cabide de empregos que democrática e livre. Os candidatos a vereadores que apoiam estes candidatos a Prefeito não tem condições de afirmar que defendem a USJ, pois não tem liberdade ou autonomia partidária política, e sabem disso! Somente Rafael Melo tem condições para realizar o que propoe seu grupo político. 

Proponho criarmos um curso de Ciências Políticas para devolvermos a nossa cidade a GRANDE POLÍTICA!

Abraço,

Ismael de Melo
Acadêmico de Ciências da Religião


domingo, 24 de junho de 2012

“Que fostes ver no deserto, um caniço agitado pelo vento? Um homem vestido com roupas finas e luxuosas?” (São Mateus, XI, 7).


As Redes Sociais são sem dúvida, parte ou grande parte da vida das pessoas. Há algum tempo, observo alguns comportamentos, como muitos fazem, pois as redes sociais, também servem para expor nossas intimidades e futilidades cotidianas, bem como cuidar da vida dos outros, mais que cuidamos de nossas próprias. Em alguns casos, discursos e opiniões, de longe refletem aquilo que somos no cotidiano, no contato efetivo com as pessoas. Nas redes sociais, somos super-heróis, ativistas de causas nobres, e até mesmo desconhecidas, somos politizados, intelectuais, defendemos os direitos humanos, a ecologia, os animais. Somos bons filhos, maridos, pais, enfim, pessoas melhores, enfim, mais humanos. 
Entre meus amigos no facebook e twitter, alguns padres e religiosos. De alguns destes, sem citar nomes, me chama a atenção à frequência com que postam fotos de viagens a lugares sagrados, fotos de celebrações nas quais usam paramentos (roupas), cheias de pompas, muitas vezes fazendo monarcas atuais, parecerem mal vestidos. Estes mesmos padres gostam de ser bajulados pelos fiéis, a exemplo dos reis da Idade Média, a meu ver, se distanciam do povo, principalmente os de poder aquisitivo modesto. 
Os paramentos utilizados nas celebrações dominicais, somadas a imponência dos templos, de arquitetura contemporânea, os amplos altares, e claro, o presbitério com o "trono" central, às vezes se destacando mais que o altar, contrastam as realidades dos limites das circunscrições paroquias, onde encontramos fiéis morando em abrigos que chamam de casa. Pessoas simples de coração e muita fé, os preferidos por Jesus.
            Na liturgia deste Domingo, celebramos João Batista, aquele que preparou a vinda de Cristo. Homem simples de costumes e vida modestos . São João Batista era penitente, vestia-se com pele de camelo, comia gafanhotos e mel silvestre. Apesar de grande santo, fazia penitência que impressionava até os fariseus. O que não era pouco! 
       Dois séculos atrás, São João Maria Vianey, (1786-1859) era, pois, como São João Batista: penitente e destemido. Comia três batatas a cada quinze dias. Batatas que mofavam sobre sua mesa. Dormia pouquíssimo. Atendia os penitentes no confessionário até 20 horas por dia. Foi canonizado em 1925 e foi indicado pelo Papa o padroeiro dos Padres diocesanos.
            Infelizmente, vemos padres recém-ordenados, levarem uma vida de luxo, contradizendo aquilo Evangelho os pede diariamente, vivem em casas que são verdadeiros palácios, além de carros, banquetes, roupas de grife. Que mal há nisso? Bom, é contraditório à aquilo que o próprio Jesus foi do nascimento a morte. Mais que isso, optou em nascer pobre, entre os pobres, em condições que muito bem conhecemos. O Evangelho nos mostra muitas situações, nasceu em uma manjedoura, na apresentação no templo seus pais ofereceram um par de rolas ou dois pombinhos em sacrifício, porque eram muito pobres para oferecerem um cordeiro, trabalhou como carpinteiro e, por fim, após a crucificação, foi sepultado em um sepulcro emprestado.
            Tudo isso seria secundário, se ao menos tivemos um pouco de profetismo, sim, profetismo. A exemplo de João Batista que, tendo nascido para ser sacerdote no templo, rompeu com as estruturas religiosas do judaísmo para anunciar a vinda do cordeiro no deserto. A voz que clamava no deserto, entre tantas denuncias, dizia: “Aquele que tem duas túnicas, reparta com o que não tem nenhuma, e aquele que tem alimentos, faça o mesmo”. É raro de parte da Igreja Instituição, alguma manifestação em relação às políticas sociais, econômicas, e muitos outros assuntos pertinentes à sociedade como um todo.
A pregação do Batista exprime uma norma de moral natural, que a Igreja recolhe também na sua doutrina. Os cargos públicos hão de ser considerada, antes demais nada, como um serviço à sociedade, e nunca como ocasião de lucro pessoal em detrimento do bem comum e da justiça que se pretende administrar. Em qualquer caso, quem tenha tido debilidade de se apropriar injustamente do alheio, não lhe basta confessar a sua falta no sacramento da Penitência para obter o perdão do seu pecado; tem de fazer, além disso, o propósito de restituir o que não é seu.

terça-feira, 29 de maio de 2012

Brasileiros terão 150 dias de trabalho destinados ao pagamento de impostos em 2012

Brasileiros terão 150 dias de trabalho destinados ao pagamento de impostos em 2012

Estudo mostra que a arrecadação no ano equivale a quatro meses e 29 dias da jornada, sendo 40,98% do rendimento bruto no ano

Em 2012, 150 dias de trabalho do brasileiro terão sido para o pagamento de impostos, taxas e contribuições. Ou seja, até essa terça-feira, dia 29 de maio de 2012, serão cerca de quatro meses e 29 dias destinados às responsabilidades fiscais nas esferas federal, estadual e municipal, sendo repassados 40,98% do seu rendimento bruto no ano. Os dados constam no estudo “Dias Trabalhados para pagar Tributos”, elaborado pelo Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT).
impostos pense empregos
O estudo mostra que o brasileiro trabalhou, para pagar impostos, 149 dias em 2011, 148 dias em 2010, 147 dias em 2009, e 148 dias em 2008. A quantidade dobrou em relação à década de 1970, quando eram necessários 76 dias de trabalho para esse fim. Constata-se ainda que, dependendo da faixa de renda, o contribuinte terá de trabalhar mais dias no ano para ficar em dia com a receita: os que têm rendimento mensal de até R$ 3.000 trabalharão 143 dias, os que possuem rendimento de R$ 3.000 a R$ 10.000, 159 dias, e aqueles que ganham acima de R$ 10.000, trabalharão 152 dias.
Além da tributação incidente sobre os rendimentos, como Imposto de Renda Pessoa Física, INSS, previdências oficiais e contribuições sindicais, o cidadão brasileiro paga tributos indiretos sobre o consumo, inclusos no preço dos produtos e serviços (PIS, COFINS, ICMS, IPI, ISS, etc) e sobre o patrimônio (IPTU, IPVA, ITCMD, ITBI, ITR). As taxas (limpeza pública, coleta de lixo, emissão de documentos) e contribuições (iluminação pública) também estão consideradas no cálculo.
Em 2011, o Brasil arrecadou R$ 1,492 trilhão e deve manter o valor em 2012. Segundo o presidente executivo do Instituto, João Eloi Olenike, apenas sete ou oito por cento da arrecadação do governo é investida em infraestrutura. “Os valores arrecadados são utilizados para despesas de folha de pagamentos. Sobra muito pouco para novos investimentos do país”, explica.
O estudo traz ainda uma comparação com a situação em outros países. O Brasil fica atrás apenas da Suécia, onde o contribuinte destina 185 dias para o pagamento dos tributos. Na França, são necessários 149 dias, nos EUA, 102 dias e no México, 95 dias.
Para Olenike, a qualidade de vida depende de investimento de qualidade e o brasileiro, além de pagar uma alta carga de impostos, ainda precisa trabalhar mais para prover os serviços deficientes do governo, que acarretam em pedágio, assistência médica, serviço de segurança e ensino particular.
“Somando tudo, o brasileiro acaba pagando muito mais do que os impostos. Isso é tributação indireta, que é quando se paga pelo que o governo não pode dar. Assim, o retorno não é bom para ninguém. Quem tem mais dinheiro consegue viver com mais conforto e sente menos o pagamento. Quem depende do SUS, por exemplo, não tem para onde fugir. A classe média acaba sendo punida porque paga muitos impostos e não percebe o retorno. Não devia pagar por médico particular, o governo devia dar um serviço que atendesse bem”, conclui Olenike.
Os resultados do estudo são provenientes de uma pesquisa do percentual de impostos pagos pelos brasileiros de acordo com o valor dos seus ganhos, sobre a renda, sobre a propriedade e como consumidores finais de produtos, mercadorias e serviços. Os índices obtidos foram multiplicados pelo número de dias existentes no ano, (365 para períodos normais e 366 para anos bissextos), obtendo-se assim o número de dias trabalhados pelos brasileiros só para pagar impostos.

http://revista.penseempregos.com.br/especial/rs/editorial-empregos/19,1214,3772226,Brasileiros-terao-150-dias-de-trabalho-destinados-ao-pagamento-de-impostos-em-2012.html